Masturbação: hábito é natural e parte do amadurecimento

Vergonha e culpa, no entanto, podem prejudicar vida sexual das mulheres

A nossa sexualidade faz parte de um processo evolutivo que percorre muitos caminhos e um deles é auto-exploração mais conhecida como masturbação. Infelizmente esse processo tão natural e importante para o desenvolvimento da nossa sexualidade ainda é taxado como algo sujo e vulgar.

castração começa desde a infância. A maioria das crianças brinca com os seus genitais entre as idades de dois e seis anos. Este ato é muito normal e faz parte da auto descoberta de seus corpos, porém parece ser perturbadora para a maioria dos adultos que enxergam através de filtros adultos um ato completamente desprovido de maldade.

Os adultos reagem à criança da mesma maneira que viram seus pais ou responsáveis reagirem enquanto exploravam seus próprios corpos quando crianças. Portanto, como que em um ciclo, a vergonha e culpa se sobrepõem à chance de se sentirem confortáveis com sua própria sexualidade, o que é ainda mais agravado no caso das meninas.

O fato crucial em tal cenário seria o adulto explicar gentilmente a criança que este é um ato não apropriado em público, do mesmo jeito que explicamos que ninguém pode tocar os genitais da criança a não ser os pais ou responsáveis.

Vergonha e culpa na vida adulta das mulheres

No Brasil, segundo uma pesquisa da USP liderada por Carmita Abdo, 40% das mulheres não se masturbam. Com isso, muitas mulheres nem sequer sabem a diferença entre a uretra e a vagina, não conhecem sua anatomia, seus próprios gostos e desgostos quando se trata de um relacionamento íntimo.

Muitas não conhecem o seu clitóris e vão para relação sexual na expectativa de um orgasmo apenas com a penetração vaginal, reforçando o conceito equivocado de que exista um orgasmo sem a participação do clitóris. Por isso, além de natural a masturbação é um processo relevante para nossa maturação sexual e um importante facilitador para o alcance do orgasmo.

A masturbação pode realmente ajudar as mulheres a entenderem melhor seus próprios corpos e com isso ajudar melhorar a experiência sexual e também com o seu parceiro ou sua parceira.

Escrito por Mônica Lopes
Fisioterapia - CREFITO 43280-F/R
Site: Minha Vida

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