MT constrói fluxos para atender possíveis casos graves de coronavírus

Apesar de Mato Grosso não registrar, até o momento, casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19), todos os hospitais da rede estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) estão preparados para realizar os primeiros atendimentos aos possíveis pacientes infectados ou com quadro suspeito da enfermidade.

Para situações de casos graves do Covid-19, o Plano de Contingência Estadual da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) prevê o Hospital Universitário Júlio Müller como referência. O Hospital Estadual Santa Casa também foi selecionado para atuar como unidade de retaguarda, principalmente para pacientes pediátricos. Já as demais unidades de saúde ficam encarregadas do atendimento às situações iniciais e aos casos leves e moderados.

“Caso tenhamos diagnósticos confirmados de coronavírus em Mato Grosso, os pacientes com grau leve e moderado serão inicialmente atendidos pelas unidades básicas e continuarão sendo acompanhados em casa – visto que apresentarão os sintomas de uma gripe –, onde receberão as recomendações terapêuticas. Os casos só serão direcionados aos hospitais caso haja o agravamento da situação; em casos de agravamento máximo do quadro, o hospital de referência será o Júlio Müller”, explicou o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.

O secretário-adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde do Estado, Juliano Melo, reforça que os dois hospitais foram selecionados para atender, durante o período de contingência, pacientes com sintomas mais graves. A tendência é de que, em um contexto com mais casos suspeitos ou confirmados, as principais unidades de Mato Grosso também tenham condições de receber esses pacientes.

“São casos de síndrome gripal e doença respiratória aguda, casos que normalmente os hospitais já atendem. Diante deste cenário de coronavírus, eles devem entrar em uma rotina que só vai ocorrer conforme a necessidade, frente a uma crescente confirmação de infecção pelo vírus”, explica Juliano.

Cenário mato-grossense

Em Mato Grosso há, até está quarta-feira (04.03), seis casos suspeitos de coronavírus em investigação. Os pacientes apresentam sintomas relativos à doença respiratória e possuem histórico de viagem para países onde há a circulação do novo vírus. Os casos que levantam a suspeita do Covid-19 estão em Glória D’Oeste (2), Alto Taquari (1), Sorriso (1) e Cuiabá (2).

O Ministério da Saúde atualiza diariamente, neste link, os dados de casos suspeitos e confirmados do vírus no país. A SES também divulga diariamente o monitoramento do COVID-19 em Mato Grosso. A atualização estará disponível no site da Secretaria.

Para ter acesso à íntegra do Plano Estadual de Contingência, acesse o link (http://www.saude.mt.gov.br/informe/581).

Recomendações

Os sites da SES e do Ministério da Saúde dispõem de informações oficiais acerca do novo coronavírus. A orientação é de que não sejam divulgadas informações inverídicas, pois as notícias falsas causam pânico e atrapalham a condução dos trabalhos pelos serviços de saúde.

O Ministério da Saúde orienta os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:

- Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas

- Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;

- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

- Manter os ambientes bem ventilados;

- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;

- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Fonte: Fernanda Nazário e Ana Lazarini/ SES-MT

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